segunda-feira, 24 de junho de 2013

Silabário - Orientações didáticas



        O silabário é protagonista de muitas discussões no campo educacional. Há aqueles que o defendem como símbolo e ponto de partida da alfabetização dita "tradicional" -, embasada por métodos analítico-sintéticos, pelos quais os alunos são convidados a mergulhar no mundo da escrita a partir das sílabas (o decorar da escrita de todos os sons possíveis e imagináveis na língua materna), e daí formar palavras e assim progredir até chegar aos textos.
       Outros, porém, acreditam que os educandos tenham que, pelo contato com diferentes tipos de texto, seja por sua pseudoleitura ou  leitura mediada por um adulto leitor, formular o conceito de sílaba como uma das menores unidades de um idioma. Espera-se que os alunos percebam que as palavras são compostas por unidades menores que dão conta de registrar os fonemas (sons emitidos oralmente) e por tentativa e erro iniciem seu processo de alfabetização conhecendo letras, sons, formas de grafia etc.
       O fato é que o silabário é uma metodologia da qual podem se beneficiar quaisquer professores independente de seus partidarismos ideológicos referentes à  alfabetização.
          O silabário pode ser um excelente instrumento para consulta, pelos alunos, da grafia dos sons, ainda mais se ele vier acompanhado de figuras que deem pista destes sons aos estudantes. Como se vê na imagem acima, este instrumento é geralmente composto das sílabas simples (compostas de consoante+vogal) que são ilustradas com figuras conhecidas pelo público alfabetizando.
          O trabalho com o silabário pode ser iniciado com a inserção deste instrumento no ambiente da sala de aula. A partir daí, o educador pode utilizá-lo como fonte para desencadear problemas de leitura e escrita com seus alunos, como por exemplo:
* O s alunos podem ser desafiados a ler as sílabas (esta atividade conforme se configure como um hábito para o grupo facilita o decorar da grafia das sílabas de forma  significativa, desde que para isso o educador utilize de recursos lúdicos);
* A partir da familiarização com as sílabas, o professor pode propor aos alunos a escrita coletiva - sendo ele escriba do grupo e que o faça de forma com que todos o vejam escrever - , de listas de palavras que comecem com BA, DE, MI, NO, NU etc. (isso não quer dizer que o professor tenha que fazer isto com todas as famílias silábicas, do contrário a atividade se tornaria maçante e enfadonha para os alunos);
* Os alunos podem ser desafiados, como num bingo, a descobrirem e circularem - se for o caso - sílabas ditadas pelo professor.
* Da mesma forma como existem letras móveis o professor pode confeccionar para ou com seus alunos sílabas móveis para que estes brinquem de formar palavras livremente ou de forma dirigida por ele;
* As sílabas móveis podem também ser instrumento para brincar de jogos como forca.



           

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