A escola é compreendida como uma travessia para a vida social, o mundo do
trabalho e cidadania. Nela os sujeitos educandos, depois de passar pela
primeira sociabilização na família, são convidados à formação intelectual e
moral de que precisam para exercer sua autonomia. Neste processo inclui-se a
ética.
Na Grécia clássica a ética correspondia à virtude e moral. Hoje, ética
diz respeito aos costumes, comportamentos escolhidos e aderidos voluntariamente.
Estes comportamentos fazem parte de um conjunto de regras que o indivíduo
considera justo.
Moral nos remete às formas de agir sociais, coletivas, recomendadas e
elaboradas pela própria sociedade. Neste caso há formas de ética que podem não
ser morais, como no caso de uma facção criminal.
A escola precisa planejar ações intencionais em relação à construção de
valores ético-morais. Estas ações não podem ficar no campo da dimensão teórica,
mas sim serem vivenciadas por meio do exemplo e da práxis pedagógica. A
construção destes valores se dá na prática e a resolução de problemas e
conflitos éticos é sua aliada.
No trabalho pedagógico com as temáticas ética e moral, há a necessidade
premente de se lidar com o lugar do outro, com a empatia, fraternidade, igualdade,
com as perguntas “como agir no lugar do outro?”, “como viver de maneira a não
ferir o outro?”, “a minha ação vale para os outros também?”, “como posso
legitimar,justificar minhas ações perante os demais?”, objetivando uma vida
digna, ação correta e feliz nas dimensões individual e coletiva.
Desse modo, a postura que a escola deve assumir é de ética como hábito
que implica a ação (justa, sensata, razoável, temperada). O educador, nesta
visão, assume uma responsabilidade com o mundo, a coletividade e compartilha
isto com seus alunos por meio de contratos didáticos, pacto pedagógico e,
sobretudo, com sua postura e exemplo. Ele deve fazer valer a frase de Kant “Age
de tal modo que a máxima de tua ação possa transformar-se em lei de validade
universal”.
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